Creio eu que se você já me conhece de algum canto do mundo já deve ter notado o meu fascínio por fotografias, né?
Bem, se você não sabe, eu sou fotógrafo desde que eu me entendo por gente... E isso vai muito além de um hobbie.
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Fotografia tirada no dia 01 de Fevereiro de 2020 em um encontro de amigos em um telhado.
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Que eu me lembre a arte da fotografia foi incluída na minha vida beem novinho, graças a minha mãe (a quem dedico esta postagem) que, pasmem, também é fotógrafa. Existem registros meus com uma máquina fotográfica na mão aos sei lá, 6 anos?
Obviamente este registro super histórico deve estar voando por alguma nuvem ou enfiado em alguma gaveta de armário... Mas existe, acredite.
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Fotografia feita no dia 2 de Setembro no meu primeiro show da Supercombo. |
Sempre cresci ouvindo que a vida passa, a vida é curta e o que ficam são os momentos eternizados e bla bla bla, grande parte dessas frases vem por conta da minha mãe, obviamente, que não perde um momento para tirar uma foto conceitual da paisagem, do passarinho, do grafite, da flor, do mar, da sombra do avião na água, da viga de uma ponte ou, que, sabe, do cocô de um cachorro (e eu não estou zoando)
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Registro feito pela mãe Sena em 15 de Junho de 2021 em um valão do Rio de Janeiro. (Postado no Facebook) |
E nesses intervalos de cliques e gritos de "VEM GENTE VEM TIRAR FOTO" "XÍS" "TIRA OUTRA QUE EU PISQUEI" eu fui crescendo, crescendo e reclamando, crescendo e reclamando. Sempre pensando o porquê daquilo, ou o porquê daquilo ser tão importante pra ela.
Até que o anjo da morte deu um pequeno voou pelas Amazonas...
O ponto de virada de chave e que me refez pensar todos os momentos foi uma morte, uma morte de uma pessoa importante e que por mais que não fosse tão presente foi uma surpresa. O meu avô.
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Minha mãe, meu avô, meu irmão a um bom tempo atrás. |
Em meio de ligações, choros, gritos e choque... Uma coisa se apareceu na minha frente. Uma foto. Uma das poucas que tínhamos em portas retrato no rack da sala, ao encarar aquela foto naquele porta retrato vermelho vem o estalo: Já foi. Já era.
E foi nesse estado que a chave virou. O registro de quem ele foi era um papel com pigmentação em cores que se juntavam e formavam um rosto, um rosto que eu nunca mais poderia sequer encostar ou abraçar.
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Mais uma foto. |
Então, é aquilo: quando o choque é forte, a mudança acontece. Isso em todos os âmbitos da vida e da natureza. Daquele dia o rancinzamento foi se colorindo e sumindo aos poucos, afinal, dona Michelly estava certa - o que vai ser da gente no futuro sem as fotos? como seus filhos vão ver quem eu fui?
E desde então, minha vida se cria entre cliques de obturador e toques na tela do celular de momentos importantes... Tudo significa algo quando na verdade não significa nada - E essa é a graça!
O significado das coisas está nas nossas mãos e a gente pode colocar ele onde quisermos, não importa qual coisa seja.
E eu escolhi a fotografia.
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Registro feito no dia 2 de Janeiro de 2018 depois de uma noite ruim. |
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Registro feito em 20 de Fevereiro de 2018 em uma viagem de carnaval. |
E por escolher a fotografia, hoje eu trabalho com isso. E é uma das formas mais legais de se ganhar dinheiro e se manter, na minha opinião, e fica aí o convite... Vem saber mais sobre vem. (clique na imagem)
Também, antes de finalizarmos deixo essa micro homenagem à minha mãe que me jogou nesse mundo de fotos e filmagem desde novinho: Dona Michelly, você é INCRÍVEL. E eu tenho uma honra enorme de ser o seu filho.
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Um desenho que fizeram dessa dupla INCRÍVEL em um dos nossos eventos, 2016. |
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Registro de 2018 em outro de nossos trabalhos |
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